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10 dicas de como fazer a mala de viagem ideal

Quem não gosta de uma lista, um top 5 e curiosidades do gênero? Eu adoro! Por isso simpatizei com o post The 10 Rules of Packing, escrito por Aric S. Queen para o site da National Geographic.

Planejando e escolhendo os itens certos, você experimentará as vantagens de viajar leve.

O texto me lembrou das perguntas que costumo receber sobre como fazer uma mala ideal. Resolvi, então, editá-lo em uma livre tradução – com direito a comentários em azul! Não é um tratado geral sobre o assunto, tampouco uma lista definitiva, mas acredito que seja bem útil. Dá uma olhada:

The 10 Rules of Packing 

1: A Regra de Ouro: Tire metade das roupas que você está planejando levar e duplique o dinheiro. Eu mal posso enfatizar o quanto isso é verdade!

[Perfeito! Ótimo cálculo!!]

2: Leve somente o que couber em uma mala de mão. Todos nós perdemos bagagem antes e é um sofrimento. Mas quando faz 3 graus na Polônia, e você está com aquele moletom horrível que insiste usar em vôos longos, ouvindo “assim que nós acharmos sua mala, mandaremos pra você”, isso realmente pode ser uma grande roubada. E – sem ofender os poloneses – mas ter que comprar um guarda roupa inteiro na Polônia pode não ser exatamente como você planejou gastar seu orçamento. Viajar apenas com mala de mão também significa que você precisa ter um exemplar com rodinhas, que vale cada centavo!

[Não cheguei – ainda – no ápice da praticidade de viajar só com mala de mão, mas certamente coloco nela uma muda de roupa, itens de higiene pessoal e artigos mais valiosos como presentes importantes,  câmera, iPod, etc – coisas que eu não me perdoaria se perdesse. Na mala que despacho vão itens com os quais eu sou menos apegada e poderiam ser repostos sem drama]

Adesivo de frágil evita danos a sua bagagem.

3: Quando for despachar a bagagem, peça no balcão para colarem a etiqueta “frágil”, o que assegura que sua mala será colocada no topo da pilha e será uma das primeiras a ser tirada do avião. Outra coisa: sua mala não será a única da cor preta, então coloque um adesivo vermelho nela – ou qualquer coisa que te ajude a reconhecê-la no meio da multidão.  

[Vou adotar a etiqueta frágil na bagagem, na esperança de que ela seja mais bem tratada. Sobre a sinalização da mala, sempre amarro um chumaço de fitas bem colorido, o que funciona super bem, já que  gosto de avistar minha mala de longe na esteira]

Lenços coloridos são leves, ocupam pouco espaço e dão charme ao visual básico.

4: Misture e combine. Com 3 camisetas e 3 partes de baixo você já tem 9 looks!

[Reduza as estampas, escolha peças lisas e clássicas que combinem entre si e aposte nos acessórios, como lenços e brincos, pra dar uma animada no visual. Pra mim, esse é o segredo de uma mala funcional e compacta. No quesito calçados, se tiver a intenção de andar bastante, não se iluda: sandálias e saltos vão torturar seus pés e um bom tênis será seu melhor amigo]

Prático e leve: na próxima viagem o notebook fica e o tablet vai!

5: Livros são sexy. Mas discos de vinil também. Portanto, se poupe dos quilos extras e preencha seu tablet com todos os livros e guias de viagem que precisa.

[Sim, tá mais do que na hora de eu comprar meu iPad. Alternativamente, costumava tirar fotocópias somente das páginas mais úteis dos guias, encaderná-las com um espiral e, conforme vou passando pelos lugares, arranco as folhas. Também costumo dar essas folhas para quem está indo para um dos destinos pelos quais já passei. Outra vantagem de não viajar com o guia é poder fazer uma série de anotações e rabiscos, sem danificar o original]

6: Não seja uma diva. Se você é o tipo de pessoa que precisa viajar com seu própria secador de cabelo (pois o do hotel não é bom o bastante), então eu sugeriria uma semana em meio à neblina dos Alpes.

[Não seja uma diva on the road. Não deixe de pegar transporte compartilhado, comer algo típico em um mercado mais rústico, acampar se o cenário for imperdível e por aí vai. No quesito arrumação de mala, abra mão das 3 opções de sandálias e do seu necessaire de esmaltes. A ideia não é passar aperto, mas sim se desprender dos excessos para circular com tranquilidade. PS1: Claro que é uma delícia contrabalancear certas “privações” com luxos pontuais, como comer em um restaurante excelente, comprar um casaco lindo ou substituir um trecho de ônibus por avião. PS2: Estou looonge de ser uma diva nas viagens, mas no quesito secador de cabelo, tenho um ultra pequeno e compacto que levo para hostels quando estou viajando para lugares frios e não quero dormir com a cabeça molhada. Vale super a pena]

7. Casacos e blusas ocupam um espaço precioso na bagagem e pesam demais. A menos que você esteja indo para o inverno da Rússia, se vestir em camadas funciona tão bem quanto.

[Dica preciosa. Certa vez errei feio e levei um daqueles casacos mega acolchoados para uma viagem de 2 meses. Devo ter usado 1 vez e era sempre um problema fazer ele caber na mala. Para o frio, o esquema das 3 camadas não falha: uma blusa segunda pele, um casaco mais quentinho, como um sleece ou polar e, por fim, um casaco leve do tipo corta vento e impermeável. Se a viagem for menos esportiva, inclua um cashemere e uma jaqueta quentinha ou, se a ocasião pedir algo mais chique,  troque a jaqueta por um (só um) sobretudo de uma cor coringa (preto, marrom,  cinza, azul marinho ou caramelo). Outra boa pedida para as mulheres é levar 2 meia-calças fio 40, uma preta e outra colorida. Aquece, compõe o look com calça, saia, vestido – as gringas amam usar com shorts – e podem ser usadas sobrepostas pra aquecer ainda mais]

8. Se você conseguir, evite o jeans. É polemico e eu deveria ter abordado isso no segundo tópico. Eles absorvem sujeira (e odores), são volumosos e levam dias para secar. Algodão é a melhor opção. 

[Taí um desafio. Nunca viajei sem jeans, mas faz sentido. Tenho uma calça azul excelente 70% algodão, 30% poliamida fácil de lavar, seca rápido, combina com tudo e o melhor: ultra confortável. Com mais uma dessa, eu deixo o jeans no armário]

Minha mochila da Uncle K. Compacta e com vários compartimentos, é perfeita para uso diário nas viagens.

9: Se é importante e não cabe na sua bolsa ou mochila de uso diário, deixe em casa. Objetos são roubados não importa para onde você está indo. Por mais incômodo que seja, eu estou constantemente carregando meu computador, câmera, etc, nas costas – e em lugares lotados, por mais ridículo que possa parecer, eu carrego a mochila na frente, junto ao corpo.

[Eu não desligo nunca o “desconfiômetro”. Na Bolívia ou na Suíça: nada de deixar a mala aberta se estiver em um hostel (nem em  hotéis estrelados eu deixo), não coloque a mala de mão no compartimento superior do bagageiro se for fazer uma viagem longa de ônibus (especialmente as noturnas), não deixe de colocar cadeado na mala SEMPRE, guarde os pertences valiosos no cofre, não fique contando dinheiro na rua após fazer um saque no caixa automático – por mais estranho que pareça,  tem gente que faz isso. No quesito segurança, tenho uma mochilinha ótima – ver foto acima – com zíper na parte das costas, o que inibe possíveis furtos.]

10. Todo país que eu já visitei vende sabonete. E shampoo. E meias. E camisetas. O que você esquecer, poderá comprar.

[Sim, inexplicavelmente eu já levei uma mala cheia de barras de cereal e fiquei driblando os cachorros da polícia federal chilena, já que é expressamente proibido entrar com comida em outros países. Totalmente desnecessário, pois todo supermercado vendia a tal barrinha. Sobre os cosméticos, levo tudo em frascos pequenos e vou reabastecendo ao longo da viagem. Nada de levar um shampoo e um condicionador de 250 ml, que no final das contas pesam bastante na sua mala].

Uma última coisa: Sabe aqueles sapatos plásticos de jardinagem que por algum motivo se tornaram aceitáveis no meio fashion? Faça a seu país um favor e não use.” 

[Bom, eu definitivamente também não sou fã dos Crocs, exceto para crianças de até 9 anos, é claro.]

Eu achei as dicas bem úteis. E você? Para seguir as aventuras do Aric, acesse seu blog pessoal ou o siga no twitter @aricsqueen. Para ler a matéria original, em inglês, clique aqui.

Fotos: Getty Images

Boas novas!

O trabalho de freela em pesquisa para documentário estava las-ca-do e acabou sobrando para o blog, que ficou sem as devidas atualizações. Agora, com a agenda organizada, bora  tocar em definitivo o LA CHICA DE MOCHILA !

>>> Vá para a página inicial do site e veja notícias fresquinhas sobre viagens, clicando aqui.

 

 

Na prática

Destino escolhido, mãos à obra pra colocar sua viagem em prática!

Essa parte, que costuma ser mais burocrática e pé no chão, deve ser avaliada com atenção. Pra fazer tudo acontecer de acordo com suas expectativas, sugiro que você leve em consideração estes quatros aspectos: TEMPO, ESTAÇÃO DO ANO, COMPANHIA e VERBA.

Vamos a eles:

TEMPO – Desconfie de viagens que pareçam maratonas. Pense que você vai viver o bastante para conhecer com calma seus destinos favoritos e que passar por eles correndo necessariamente irá minimizar o charme e a experiência pretendidos.

ESTAÇÃO DO ANO – Diante do período que você planeja e pode viajar, veja se será verão ou  inverno. E quão rigoroso pode ser o inverno em Toronto ou o verão no Tocantins, por exemplo.

COMPANHIA – Viajar só é uma delícia. Se você evita fazer isso apenas por medo, vergonha, etc quebre esse tabu HOJE 😀  Se o seu momento de vida é de busca, descoberta e reflexão, aconselho fortemente essa opção. Se, por outro lado, você quer se divertir e compartilhar momentos com pessoas próximas, pense bem e viaje com quem estiver no mesmo pique que você.

VERBA – Qual o tamanho do seu sonho? E da sua verba? Quase sempre é possível conciliá-los fazendo pequenos ajustes e concessões e – o mais importante – mantendo o essencial para que sua viajem seja super prazerosa. Coloque tudo em uma tabela no Excel com uma certa “margem de erro”, que pode ser de 10 a 20% sobre o total de gastos estimado. Pesquise opções de hospedagem, sonde na sua rede de contatos se alguém pode te hospedar ou indicar um hotel com bom custo benefício, vire a internet de ponta cabeça atrás das melhores tarifas, consulte as possibilidades de parcelamento no cartão. Só não vale esquecer que uma hora a conta chega e esse momento de glória pode virar uma terrível dor de cabeça se sua empolgação for maior que o seu planejamento.

Após todas essas etapas, tenho certeza que você estará muito próxima de realizar uma viagem de sucesso, com o seu jeito e a sua cara!

Destino

O destino de uma viagem não é apenas a localização geográfica que escolhemos para passar um determinado período de tempo. É muito mais, é destino no seu sentido mais puro e, talvez, mais místico. É lá, em algum ponto do mapa, que estarão pessoas e paisagens que transformarão sua vida.

Destinos. Aprendi a escolher os meus com o coração. Embora acredite que o destino em si é que acaba nos escolhendo, nos magnetizando para aquela experiência, de alguma forma.

Mesmo assim, acredito na importância de um certo método para auxiliar nessa tarefa que pode ser tão prazerosa quanto angustiante. Esse “método” nada mais é do que se conectar com os seus mais profundos desejos e emoções.

Separe lápis-de-cor, papel sulfite e um Atlas. Vá para um lugar tranqüilo e confortável. Com calma, de olhos fechados e respirando fundo, se permita construir mentalmente um panorama do seu atual momento de vida. Pense nisso por alguns minutos e deixe que essas imagens fluam, sem julgamentos.

Agora, liste sentimentos e estados de espírito que você esteja buscando (paz, alegria, amor, equilíbrio, etc). Disponha essas palavras, do modo como preferir, na folha em branco e, em seguida, com lápis de cor ou canetinha, faça desenhos (abstratos ou não) inspirados pelo o que você anotou.

Guiada por esse desenho, olhe o mapa mundi do seu atlas. Do mapa maior, siga para os mais detalhados, como os de continentes e países. Pense livremente, sem censura, sobre os lugares que te inspiram de alguma forma e anote o que encontrar de mais instigante, organizando por ordem de desejo.

Com essa lista em mãos, guarde-a em um lugar acessível, de preferência que você possa dar uma olhada todas as noites, antes de dormir. Passe ao menos uma semana pesquisando e refletindo sobre os roteiros escolhidos. Naturalmente, um deles irá prevalecer.

Experimente e depois me diga se funcionou.

Besitos

LA CHICA

Vai que vai !

No Buquebus, voltando de Colonia del Sacramento

Pegue sua mala, mochila, passaporte, passagem e… vá em frente! Vai dar tudo certo! Aliás, já deu.

A simples iniciativa de escolher o destino com o coração e mais um tanto de intuição já faz da próxima viagem uma experiência única e incrível.

Nesse processo, como viajante convicta desde sempre, quero te ajudar com sugestões e dicas para que você possa desfrutar ao máximo de cada canto do mundo.

É um blog de viagens, mas também de histórias de uma garota  modificada por estas viagens. Se interessou? O espaço está aberto para  sermos inspiradas pela nossa troca de idéias. Vamos nessa?